sábado, 23 de fevereiro de 2008

"- Que sorte a sua, ele está aqui agora!"

36453714582 anos sem postar, decido falar sobre um assunto recente: minha matrícula na faculdade \o/ (obs.: muito recente. já estou na segunda semana de aula)

Antes do grande dia que mudaria minha vida (tornar-me um ser acadêmico, libertando-me da fase colegial - saudade saudade saudade, das pessoas, claro.), eu me certifiquei de que não poderia fazer determinadas cadeiras com determinados professores. Para tanto, pesquisei em muitas fontes confiáveis (orkut) e descobri que matéria 1 = não professor X. Curiosa não, jamais.

Ok, lá estava eu, sozinha naquele mundo enorme de grande chamado unifor, sem pai, nem mãe, com uma pasta com documentos, certificados um milhão de vezes antes de que estavam mesmo ali. (cópia do rg? presente!)

Então lá fui eu na busca do bloco K. Cheguei, a única sem pais por perto, me sentindo a adulta. Foi quando estava eu sentada para escolher as cadeiras e os professores e, ao ver o nome do professor X, na tela do computador, tremi na base.
"- Moço, dá pra mudar o nome desse professor aqui?"
Nesse quase exato instante, entra uma jovem adulta. Se apresenta ao meu auxuliar de matrícula como professora de jornalismo da casa e oferece ajuda. Eu não precisava de ajuda, não precisava mesmo. Tava com uma cola enorme do lado, com os nomes dos professores, e NÃO's e SIM's bem visíveis. Mas meu auxiliar falou que eu era caloura do jornalismo e a dita cuja resolveu ficar ali mesmo, perto do meu computador, toda bondosa e caridosa.

Pois bem.
"- Professora, não é querendo ofender ninguém, mas... Eu não queria fazer matéria 1 com professor X. É, eu não o conheço, mas me aconselharam a fazer com outro ou fazer depois. Nada contra ele, afinal, eu não o conheço." Soltei logo.
"- Mas olha, Viviane, o professor X é excelente, e blá blá blá..."
Como é que eu ia discutir com a criatura? Pq ela não ia ajudar outra pessoa e me deixava em paz? POR QUÊ?
Pois bem... Lái fui eu ficar tímida, sem vontade de debater nada, quando ela diz:
"- Olha, que sorte a sua! O professor X tá aqui agora, veio matricular a filha no curso W! Daí eu o acho aqui, lhe apresento e você vai ver que ele não tem nada demais!"

:O
COMO ASSIM?
Definitivamente, o conceito dela de sorte não bate com o meu. Sem pai nem mãe por perto pra me ajudar, sozinha, perdida... Comecei a dizer a ela que não precisava, não carecia de apresentações, mas eu acho que no fundo, no fundo, ela tava louca pra me deixar sem graça; Sem-vergonha!
Foi aí que eu o vi, e ela o trouxe, e me apresentou, e disse que eu disse que o campus inteiro o odiava, que não queria fazer a cadeira com ele, que tava com medo dele, e e e ...

Pois é, não sei como ela foi capaz. Ele ficou meio (MEIO) sem graça, sorriu amarelo, disse que era lenda, perguntou onde eu tinha visto isso. Eu já nem lembro o que foi que eu respondi. Me matriculei na cadeira 1 com ele, pois só tinha ele mesmo, fui embora sozinha, perdida, e atordoada.


Só sei que agora, em todas as suas aulas, professor X insiste em fazer menção aos alunos que são 'MAU-CARÁTER' (ele enche a boca pra falar isso), que ficam espalhando má fama do professor por aí, sem razão, e blá blá blá. Eu sinto muita frustração da parte dele, e, honestamente, tô com muito medo mesmo. Vai que ele decide se vingar e descarregar essa frustação em mim - não duvido nada que ele faça algo parecido. Eu sei que não tive culpa, eu não inventei nada, só repassei opiniões.
E eu nem tava intencionada a dizer qualquer coisa a ele; a culpa foi daquela cabrita louca pra me ferrar. Mau-caráter!